O assassinato ocorreu diante do público; o assassino bradava em alta voz o nome de Bolsonaro.
A família da vítima, que se encontrava dentro de um dos carros em uma carreata, entrou em desespero.
Os fafos foram denunciados em nota emitida neste sábado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo do Vestuário
Vítima é filho da Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CNTRV
Nota oficial
É com profundo pesar e indignação que informamos o assassinato de
Charlione Lessa Albuquerque, de 23 anos, filho de Maria Regina Lessa,
Secretária da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV, ocorrido no início da
noite deste sábado, 27, na cidade de Pacajus, interior do Ceará, durante
uma carreta em apoio a Fernando Haddad.
O jovem, que trabalhava como servente de pedreiro, participava ao
lado de sua mãe da carreata, que seguia em clima pacífico e
descontraído. Segundo testemunhos, um seguidor do candidato Jair
Bolsonaro (PSL) desembarcou de um carro e disparou vários tiros contra a
manifestação. Após os disparos, o assassino bradou orgulhoso o nome de
Bolsonaro.
A CNTRV exige das autoridades cearenses e nacionais a rápida prisão
do assassino e demais participantes do crime e espera explicações do
candidato do PSL à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, cujos
seguidores agem de forma extremamente violenta, impulsionados por seu
discurso de ódio e intolerância contra opositores.
Na oportunidade, expressamos, nesse triste momento de dor e perda, a
total solidariedade do conjunto de dirigentes e militantes do ramo
vestuário da CUT com a companheira Regina Lessa. Seguimos combatendo o
fascismo, o ódio e a intolerância com as armas da democracia. O Brasil
não é um país intolerante e não podemos permitir que uma candidatura
irresponsável, como a de Bolsonaro, transforme nossa terra pacífica num
campo de guerra.
São Paulo, 27 de outubro de 2018.
Francisca Trajano dos Santos - Presidenta
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Uma das primeiras reações, imediatas à notícia veio do candidato à presidência Prof. Fernando Haddad, que fez uma declaração à jornalistas, reproduzida abaixo:
"É inadmissível o assassinato de um jovem, Charlione Lessa Albuquerque,
que participava de carreata da minha campanha em Pacajus. Ele estava no
carro com a mãe celebrando a democracia e acabou morto. É preciso
apuração e punição rápida. À família, toda minha solidariedade", postou
Haddad no Twitter. O jovem trabalhava como servente de pedreiro e era
filho de uma secretária da CUT.
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